quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Menção Honrosa CRIATIVIDADE
Menção Honrosa CRIATIVIDADE
Equipe: Guilherme Maia, Rodrigo Mathias e Martina Brusius (Porto Alegre/RS)
Resumo da proposta:
“O que você deixa para trás não é o que é gravado em monumentos de pedra, mas o que é tecido nas vidas de outros.” Péricles, politico grego, séc. V a.C.
Brusque não é uma cidade qualquer para Santa Catarina. Brusque tem em sua história e em seus habitantes o orgulho de fazer a diferença e participar ativamente da formação e do desenvolvimento do estado. Assim, Brusque não merece um mero monumento, mas um Marco que demonstre e lembre à sociedade a sua grande importância, ressaltando que nada disso seria possível sem as pessoas que a construíram.
Para tal, desenham-se dois Marcos para o município, diferentes entre si mas ligados por uma linguagem simbólica comum e pelos materiais utilizados. Estão presentes em ambos a pedra, que dá solidez, segurança, que é a base para a construção da cidade, e o tecido, o símbolo mais forte do trabalho e da inspiração dos cidadãos de Brusque, os grandes responsáveis pela relevância da cidade não só para Santa Catarina mas também nacionalmente.
Em uma época de crescente movimentação de informações, bens, serviços e pessoas, onde Brusque está se consolidando como um importante centro de atração de turistas, seja por seus atributos culturais e históricos, seja por seus atrativos comerciais, é importante que fique claro para seus visitantes onde eles estão e que eles levem uma impressão positiva e forte da cidade; portanto, os marcos de Brusque devem sintetizar o espírito da cidade, além de serem esteticamente agradáveis e visualmente memoráveis.
O Marco principal, da Rodovia Antonio Heil, consiste: em uma grande placa longitudinal à estrada, em mármore, com os dizeres “Bem-vindo à Brusque” em diversos idiomas, projetando um futuro cosmopolita à promissora cidade; em uma placa transversal à estrada, menor que a primeira, ressaltando o nome da cidade; e, por ultimo, em uma grande fita de metal, tecida com vergalhões de aço, que passeia graciosamente por sobre a estrada e entre as placas, indicando ao visitante que ele está chegando à Cidade dos Tecidos.
O outro Marco, da Rodovia Ivo Silveira, não fica atrás em estética ou significado. Simboliza um grande tear, feito de blocos de mármore que se transformam em muro, ao mesmo tempo que fios de aço são tecidos para formar uma fita que cai sobre o nome da cidade, novamente seguido pelo moto Cidade dos Tecidos.
Em ambos os marcos, privilegiam-se as possibilidades visuais, os diferentes ângulos para aqueles que somente passam de carro, ou para aqueles que decidem parar e tirar uma foto. É, em resumo, a representação fisica da força e da importância de Brusque.
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Parecer do Júri Técnico:
O júri técnico decidiu apreciar em separado a proposta do marco 01 em relação ao marco 02, onde este traduz um simbolismo relevante sugerido pelo autor do projeto que representa uma releitura da tecelagem artesanal de forma bastante singela que reporta-se a cultura e economia do Município. Assim sendo atribui a Menção honrosa em CRIATIVIDADE.
Menção Honrosa ORIGINALIDADE
Menção Honrosa ORIGINALIDADE
Equipe: Gabriel Figueiredo de Castro e Gustavo Jucá Ferreira Jorge (Rio de Janeiro – RJ)
Resumo da proposta:
Busca-se a releitura da arquitetura da cidade com origem de colonização alemã, oferecendo um elemento icônico.
Novas aplicações aos materiais, marcando os acessos de Brusque com novas áreas contemplativas, de uso misto em eventos festivos.
Uso de ornamentos específicos dinamizarão a interpretação dos marcos como a entrada a cidade que se coloca no mapa nacional com seu forte apelo turístico e de arquitetura de vanguarda.
A própria origem da palavra MARCO, reforça o laço entre o novo e as raízes de Brusque. Segundo Houaiss, a palavra tem origem germânica marka, significando ‘peso’ ou ‘sinal.
A interpretação etimológica e a aplicação arquitetônica elevam o objetivo da proposta em situar a cidade como um importante pólo turístico.
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Parecer do Júri Técnico:
A proposta apresentada surpreende pela versatilidade, leveza e plasticidade, embora segundo os critérios do júri técnico não contemple muitos quesitos previstos pelo edital e deixa transparecer a falta de um aprofundamento na busca das soluções apresentadas. Entende-se que deve ser considerado digno de uma atenção e louvor.
Concurso Brusque - Menções Honrosas
Menção Honrosa CRIATIVIDADE
Equipe:
Guilherme Maia - Arquiteto e Urbanista
Rodrigo Mathias - Arquiteto e Urbanista
Martina Brusius - Arquiteta e Urbanista
Menção Honrosa ORIGINALIDADE
Equipe:
Gabriel Figueiredo de Castro - Arquiteto e Urbanista
Gustavo Jucá Ferreira Jorge - Arquiteto e Urbanista
Menção Honrosa CONCEITUAL (2º Colocado)
Equipe:
Leonardo Rafael Musumeci - Arquiteto e Urbanista
Alexandre Leitão Santos - Arquiteto e Urbanista
Marlon Rubio Longo - Arquiteto e Urbanista
Thalita Cruz Ferraz de Oliveira - Arquiteta e Urbanista
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Concurso Brusque: Projetos Vencedores
Trabalho 1º Colocado.
Equipe: Francisco Refosco Nunes, Mariana Arruda e Sara Moretti (Blumenau/SC).
Resumo da proposta:
O projeto dos marcos de entrada de Brusque, nas rodovias Antônio Heil (SC 486) e Ivo Silveira (SC 411) tem como objetivo criar uma referência e atrativo no acesso à cidade. Pensando nisso, foi criado um desenho único para ambas entradas, composto por duas estruturas principais, que representam de forma abstrata algumas características da cidade e a importância dela no desenvolvimento da região e do país.
A primeira estrutura importante são duas torres de mármore e granito que emergem do piso da praça de maneira sólida, forte e imponente, representando a solidez da sociedade brusquense e da sua indústria têxtil.
A segunda estrutura é uma grande fita vermelha de concreto, que também emerge do piso com um desenho retilíneo - mas desta vez de forma horizontal - passando por entre as duas torres, quando dá início a algumas ondulações, simulando uma fita em movimento - ao vento. Esta fita de concreto representa a liberdade, a transformação e crescimento da cidade; assim como o fio de algodão, que se tranformando em tecido, gerou grande desenvolvimento para a cidade, a qual acabou se tornando um dos principais pólos do Turismo de Compras na área têxtil do Estado.
E por último, fazendo parte do cenário da praça, haverá um espaço que cria uma atmosfera de contemplação do marco - uma praça seca contornada por um paisagismo colorido que garante a permeamilidade tanto física quanto visual. Paisagismo este, que terá as cores que fazem parte da história e cultura de Brusque, presente desde a bandeira da cidade à programação visual atual. O verde, o amarelo e o vermelho, recheiam os canteiros de flores, de onde parte um extenso banco linear, que contorna toda a praça para visualização do marco, boas conversas ou um simples descanso à sombra de uma árvore.
Como parâmetro relativo a sustentabilidade foram utilizadas algumas diretrizes – como o uso de materiais regionais e luminárias com captação de energia solar, reuso da água da chuva para irrigação, piso permeável (paver) e reuso de material já adquirido pela prefeitura, sendo utilizado na sua totalidade e com poucas intervenções.
Então de maneira geral, será a solidez da economia e da sociedade brusquense, assim como a liberdade e a forma orgânica dos fios de algodão, que marcaram sua história, é que estarão estampados na entrada da cidade como protagonistas desta obra, juntamente com o colorido das flores e morros, mostrando com isso o cuidado com a cidade e alegria de seu povo; sendo estes portanto, os fios mais nobres deste tecido multi-étnico que é Brusque.
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Trabalho 2º Colocado.
Equipe: Leonardo Rafael Musumeci, Alexandre Leitão Santos, Marlon Rubio Longo e Thalita Cruz Ferraz de Oliveira (São Paulo/SP).
Pensar a proposta da construção dos marcos de entrada da cidade de Brusque é pensar a própria capacidade comunicativa da Arquitetura de criar símbolos e referências na cidade. Não se trata de funcionalidades, equação de um programa ou mesmo formalismos, mas, antes, de uma questão atípica, no limite entre a obra de arte e a criação de espacos que sejam eles próprios, ao mesmo tempo, representativos e capazes de situar a cidade no território.
Nesse sentido, pareceu-nos fundamental que não se tratasse apenas de uma marca de entrada, algo que apenas uma porta fosse capaz de explicitar, mas sim de localizar, referenciar a cidade histórica e, principalmente, geograficamente para todo aquele que nela ingressa. Entretanto, uma segunda dificuldade se impõe: como fazer essa referência sem o próprio contexto da cidade e do urbano em que se encontra, sem o diálogo direto que possibilita vivenciar e dialogar com essas questões?
Partiu-se então da idéia de um conjunto, no qual os dois marcos fossem tratados em relação um ao outro, cada qual com sua autonomia, mas com sentidos complementares, adotando uma leitura a partir dos caminhos que seriam marcados por estas intervenções. Assim, enquanto um eixo norte-sul corta a rodovia Antônio Heil fazendo referência à sua relação com a linha litorânea e sua paralela BR-101, ou mesmo o aeroporto de Navegantes, eixos que ligam mais explicitamente a cidade com o Brasil e mundo, a rodovia Ivo Silveira é cruzada por um eixo leste-oeste, fazendo este referência ao pioneiro fundador das cidades da região, aquele que adentra o estado além-serra. Construídos em concreto bruto carregam o baixo-relevo do mapa catarinense, marcando a posição da cidade de Brusque sob o cruzamento dos eixos, situando o passante em sua localização territorial.
Mas isso não seria suficiente. Haviam outros elementos a ser explorados, como, por exemplo, o plano já construido no Marco 01. Como poderia auxiliar nesta referência? Descobriu-se, então, algo de importante valor: que ele próprio está situado demarcando a direção da capital do estado, Florianópolis. Logo tratou-se de criar então, um segundo elemento, novamente comum aos dois marcos: um plano que cruzasse o primeiro indicando a posição relativa da cidade de Brusque dentro do Estado a partir da referência a sua Capital.
Ainda faltava algo. Uma referência à própria história da cidade de Brusque, que haveria de ser contada de duas formas, uma mais direta, textual, na qual se pudesse ler efetivamente sobre seu passado e outra, a nós mais importante, que desse conta de representar, nesse espaço, sua origem. Elegemos então, como fio condutor dessa história da cidade, o Rio Itajaí-Mirim, às margens do qual se deu o acesso e a ocupação de Brusque. O rio, representado por um rasgo d'água que atravessa, em cada marco, os planos que marcam as direções norte-sul e leste-oeste, na sua origem, percorre e conforma toda a praça, contendo, ainda, em seu interior, um grande monolito de mármore do qual transborda essa água e no qual os transeuntes podem conhecer por escrito e no desenho de seu mapa a história da cidade. O volume que localiza a cidade em relação à capital é posicionado ao lado da rodovia onde direciona-se a vertente do rio, responsabilizando-se também por localizar o acesso presente em relação ao acesso do passado.
Ao redor destes elementos todos, terminando de dar forma à praça dos marcos, posicionamos um grande plano de piso ortogonal de mármore, bem como os bancos, pensados em granito, ambos de maneira a não apenas contribuir no caráter estético monumental deste local, mas aproveitar o material disponível, reduzindo os custos para sua construção; as lixeiras e tótens solicitados; a vegetação; um conjunto com as bandeiras do país, estado e cidade, responsável pela representação do caráter cívico da mesma; e as vagas de estacionamento para carros e ônibus, devidamente posicionadas de maneira a garantir seu melhor acesso, assim como um quadro de informes, com o propósito de informar o visitante do que acontece na cidade antes mesmo de adentrá-la.
Resumo da proposta:
Para elaborar o projeto, a equipe pensou em vários aspectos que fazem parte da história da cidade, e a grande inspiração veio de referências da colonização, do progresso e do desenvolvimento de Brusque.
O maior desafio do trabalho foi utilizar um material pré-definido em grande quantidade e dimensões generosas, procurando o seu melhor aproveitamento.
Os dois marcos, tem como intuito transmitir ao visitante uma amostra da identidade de Brusque, com o uso dos materiais típicos da região do vale do Itajaí.
Eles trazem em sua construção traços da arquitetura contemporânea através de linhas retas que remetem ao espírito de progresso e desenvolvimento da cidade, e também referenciam as tradições dos colonizadores, principalmente os italianos e germânicos, através de elementos de pedra em mármore e granito emoldurados com uma leitura do estilo enxaimel.
O Sistema Construtivo Metálico foi adotado como a solução mais eficiente para vencer os vãos livres dos marcos 01 e 02. Esta estrutura foi revestida com chapas metálicas.
A iluminação, além de contemplar características técnicas de segurança, proporciona uma sensação lúdica representada através das cores das bandeiras dos colonizadores projetados nas pedras de mármore branco.
O paisagismo foi utilizado para delimitação de espaços, visando segurança e conforto aos visitantes, sendo um elemento integrador com o entorno da paisagem natural.
A proposta atendeu os critérios presentes no edital estando de acordo com a legislação urbanística e acessibilidade universal.
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Resultado Concurso Nacional de Arquitetura para o Marco de Entrada de Brusque
Trabalho 1o Colocado.
Equipe:
Francisco Refosco Nunes - Arquiteto e Urbanista
Mariana Arruda - Arquiteta e Urbanista
Sara Moretti - Arquiteta e Urbanista
Trabalho 2o Colocado.
Equipe:
Leonardo Rafael Musumeci - Arquiteto e Urbanista
Alexandre Leitão Santos - Arquiteto e Urbanista
Marlon Rubio Longo - Arquiteto e Urbanista
Thalita Cruz Ferraz de Oliveira - Arquiteta e Urbanista
Trabalho 3o Colocado.
Equipe:
Emanuele Schmitt - Arquiteta e Urbanista
Amanda Silva de Oliveira - Arquiteta e Urbanista
Daliana Garcia - Arquiteta e Urbanista
Daniela L. Heck - Arquiteta e Urbanista
Em breve imagens dos projetos.
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