terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Concurso Brusque: Projetos Vencedores

Trabalho 1º Colocado.
Equipe: Francisco Refosco Nunes, Mariana Arruda e Sara Moretti (Blumenau/SC).


Resumo da proposta:

O projeto dos marcos de entrada de Brusque, nas rodovias Antônio Heil (SC 486) e Ivo Silveira (SC 411) tem como objetivo criar uma referência e atrativo no acesso à cidade. Pensando nisso, foi criado um desenho único para ambas entradas, composto por duas estruturas principais, que representam de forma abstrata algumas características da cidade e a importância dela no desenvolvimento da região e do país.
A primeira estrutura importante são duas torres de mármore e granito que emergem do piso da praça de maneira sólida, forte e imponente, representando a solidez da sociedade brusquense e da sua indústria têxtil.
A segunda estrutura é uma grande fita vermelha de concreto, que também emerge do piso com um desenho retilíneo - mas desta vez de forma horizontal - passando por entre as duas torres, quando dá início a algumas ondulações, simulando uma fita em movimento - ao vento. Esta fita de concreto representa a liberdade, a transformação e crescimento da cidade; assim como o fio de algodão, que se tranformando em tecido, gerou grande desenvolvimento para a cidade, a qual acabou se tornando um dos principais pólos do Turismo de Compras na área têxtil do Estado.
E por último, fazendo parte do cenário da praça, haverá um espaço que cria uma atmosfera de contemplação do marco - uma praça seca contornada por um paisagismo colorido que garante a permeamilidade tanto física quanto visual. Paisagismo este, que terá as cores que fazem parte da história e cultura de Brusque, presente desde a bandeira da cidade à programação visual atual. O verde, o amarelo e o vermelho, recheiam os canteiros de flores, de onde parte um extenso banco linear, que contorna toda a praça para visualização do marco, boas conversas ou um simples descanso à sombra de uma árvore.
Como parâmetro relativo a sustentabilidade foram utilizadas algumas diretrizes – como o uso de materiais regionais e luminárias com captação de energia solar, reuso da água da chuva para irrigação, piso permeável (paver) e reuso de material já adquirido pela prefeitura, sendo utilizado na sua totalidade e com poucas intervenções.
Então de maneira geral, será a solidez da economia e da sociedade brusquense, assim como a liberdade e a forma orgânica dos fios de algodão, que marcaram sua história, é que estarão estampados na entrada da cidade como protagonistas desta obra, juntamente com o colorido das flores e morros, mostrando com isso o cuidado com a cidade e alegria de seu povo; sendo estes portanto, os fios mais nobres deste tecido multi-étnico que é Brusque.

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Trabalho 2º Colocado.
Equipe: Leonardo Rafael Musumeci, Alexandre Leitão Santos, Marlon Rubio Longo e Thalita Cruz Ferraz de Oliveira (São Paulo/SP).



Pensar a proposta da construção dos marcos de entrada da cidade de Brusque é pensar a própria capacidade comunicativa da Arquitetura de criar símbolos e referências na cidade. Não se trata de funcionalidades, equação de um programa ou mesmo formalismos, mas, antes, de uma questão atípica, no limite entre a obra de arte e a criação de espacos que sejam eles próprios, ao mesmo tempo, representativos e capazes de situar a cidade no território.
Nesse sentido, pareceu-nos fundamental que não se tratasse apenas de uma marca de entrada, algo que apenas uma porta fosse capaz de explicitar, mas sim de localizar, referenciar a cidade histórica e, principalmente, geograficamente para todo aquele que nela ingressa. Entretanto, uma segunda dificuldade se impõe: como fazer essa referência sem o próprio contexto da cidade e do urbano em que se encontra, sem o diálogo direto que possibilita vivenciar e dialogar com essas questões?
Partiu-se então da idéia de um conjunto, no qual os dois marcos fossem tratados em relação um ao outro, cada qual com sua autonomia, mas com sentidos complementares, adotando uma leitura a partir dos caminhos que seriam marcados por estas intervenções. Assim, enquanto um eixo norte-sul corta a rodovia Antônio Heil fazendo referência à sua relação com a linha litorânea e sua paralela BR-101, ou mesmo o aeroporto de Navegantes, eixos que ligam mais explicitamente a cidade com o Brasil e mundo, a rodovia Ivo Silveira é cruzada por um eixo leste-oeste, fazendo este referência ao pioneiro fundador das cidades da região, aquele que adentra o estado além-serra. Construídos em concreto bruto carregam o baixo-relevo do mapa catarinense, marcando a posição da cidade de Brusque sob o cruzamento dos eixos, situando o passante em sua localização territorial.
Mas isso não seria suficiente. Haviam outros elementos a ser explorados, como, por exemplo, o plano já construido no Marco 01. Como poderia auxiliar nesta referência? Descobriu-se, então, algo de importante valor: que ele próprio está situado demarcando a direção da capital do estado, Florianópolis. Logo tratou-se de criar então, um segundo elemento, novamente comum aos dois marcos: um plano que cruzasse o primeiro indicando a posição relativa da cidade de Brusque dentro do Estado a partir da referência a sua Capital.
Ainda faltava algo. Uma referência à própria história da cidade de Brusque, que haveria de ser contada de duas formas, uma mais direta, textual, na qual se pudesse ler efetivamente sobre seu passado e outra, a nós mais importante, que desse conta de representar, nesse espaço, sua origem. Elegemos então, como fio condutor dessa história da cidade, o Rio Itajaí-Mirim, às margens do qual se deu o acesso e a ocupação de Brusque. O rio, representado por um rasgo d'água que atravessa, em cada marco, os planos que marcam as direções norte-sul e leste-oeste, na sua origem, percorre e conforma toda a praça, contendo, ainda, em seu interior, um grande monolito de mármore do qual transborda essa água e no qual os transeuntes podem conhecer por escrito e no desenho de seu mapa a história da cidade. O volume que localiza a cidade em relação à capital é posicionado ao lado da rodovia onde direciona-se a vertente do rio, responsabilizando-se também por localizar o acesso presente em relação ao acesso do passado.
Ao redor destes elementos todos, terminando de dar forma à praça dos marcos, posicionamos um grande plano de piso ortogonal de mármore, bem como os bancos, pensados em granito, ambos de maneira a não apenas contribuir no caráter estético monumental deste local, mas aproveitar o material disponível, reduzindo os custos para sua construção; as lixeiras e tótens solicitados; a vegetação; um conjunto com as bandeiras do país, estado e cidade, responsável pela representação do caráter cívico da mesma; e as vagas de estacionamento para carros e ônibus, devidamente posicionadas de maneira a garantir seu melhor acesso, assim como um quadro de informes, com o propósito de informar o visitante do que acontece na cidade antes mesmo de adentrá-la.

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Trabalho 3º Colocado.
Equipe: Emanuele Schmitt, Amanda Silva de Oliveira, Daliana Garcia e Daniela L. Heck (Jaraguá do Sul/SC).

Resumo da proposta:

Para elaborar o projeto, a equipe pensou em vários aspectos que fazem parte da história da cidade, e a grande inspiração veio de referências da colonização, do progresso e do desenvolvimento de Brusque.
O maior desafio do trabalho foi utilizar um material pré-definido em grande quantidade e dimensões generosas, procurando o seu melhor aproveitamento.
Os dois marcos, tem como intuito transmitir ao visitante uma amostra da identidade de Brusque, com o uso dos materiais típicos da região do vale do Itajaí.
Eles trazem em sua construção traços da arquitetura contemporânea através de linhas retas que remetem ao espírito de progresso e desenvolvimento da cidade, e também referenciam as tradições dos colonizadores, principalmente os italianos e germânicos, através de elementos de pedra em mármore e granito emoldurados com uma leitura do estilo enxaimel.
O Sistema Construtivo Metálico foi adotado como a solução mais eficiente para vencer os vãos livres dos marcos 01 e 02. Esta estrutura foi revestida com chapas metálicas.
A iluminação, além de contemplar características técnicas de segurança, proporciona uma sensação lúdica representada através das cores das bandeiras dos colonizadores projetados nas pedras de mármore branco.
O paisagismo foi utilizado para delimitação de espaços, visando segurança e conforto aos visitantes, sendo um elemento integrador com o entorno da paisagem natural.
A proposta atendeu os critérios presentes no edital estando de acordo com a legislação urbanística e acessibilidade universal.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens, aos Vencedores realmente estavam muito bons. O premio ficou em boas mãos, mesmo que eu pense que o segundo colocado estivesse melhor. Gostaria de saber quantos Participantes tinham...

Anônimo disse...

Puxa, também achei o projeto do segundo colocado mais interessante. Mas estão todos de parabéns!